Quais os passos a passo para o seu tratamento com dependência química, e como manter-se limpo.
- clinicasjovenslivres
- 20 de jan. de 2022
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De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), e uma doença consideravelmente grave e, perigosa e com alta taxa de mortalidade; principalmente em jovens com idades entre seus 14 a 55 anos. Sendo assim uma doença socialmente conhecida e preconceituosa com essa população ultrapassando assim, a sociedade socioeconômica e fronteiras .
Mas porque o adicto busca a droga para seu uso? A resposta e simples e complicada ao mesmo tempo; a busca de prazer extremo, a busca de refugio em momentos de aflição, cura para a ansiedade, sono ou ate mesmo sobre problemas interpessoais, fazendo assim a pessoa fazer uma fuga tentando ter como um subterfúgio para melhorar a sua condições que ela se encontra naquele momento. Constando assim o uso desacerbado de qualquer substancia que o retire desses momentos, que por muitas vezes e caracterizado pela sociedade normotica, como falta de caráter.
Após o ano de 2012, foi inserido oficialmente como uma doença, grave classificando-a como CID(Classificação Estatística Internacional de Doenças), colocando assim o F19 em todas as suas plataformas, como dependência química. Colocando assim a sua visibilidade mais em alta, fazendo assim, com que os familiares começassem a se preocupar e procurar a ajuda aos seus entes. Porem apesar de cerca de 10 anos de evolutiva, ainda há familiares que não acreditam que a dependência tem cura, fazendo assim a falta de motivação do próprio usuário e a falta da busca por tratamento. A que a motivação pode ser conceituada como alguma coisa que faz uma pessoa agir, ou o processo de estimular uma pessoa a agir. Uma das teorias que mais tem contribuído para a compreensão da motivação para o tratamento é a do Modelo Transteórico de Mudança de Comportamento, desenvolvido por James Prochaska e colaboradores nos anos 1970.
O individuo tem que fazer a transição continua dos quatro estágios obrigatórios para a sua melhora e conscientização Pré-contemplação, Contemplação, Ação e Manutenção.
A pré-completração, e quando o paciente ainda não consegue ver ou perceber no que esta se envolvendo, e não aceita ainda a ajuda de quaisquer ajuda dos familiares e amigos.
A Contemplação, e a que o paciente se encontra que precisa de ajuda, e que não ira mais conseguir sozinho, e tendo assim a subterfúgio de pedir socorro ao familiar, que devem estar prontamente preparados para oferecer a ajuda o quanto antes.
A ação e o ato de tomar a iniciativa de começar a buscar por programas, assim como os Jovens Livres, oferece, como o tratamento continuo para a desintoxicação dos seu uso, tendo assim que o paciente tome o Máximo da sua força de vontade, pois e a parte mais difícil do tratamento, pois e onde pode haver quaisquer crises de abstinências ou ate mesmo picos de agressividades para conseguir de quais formas o seu subterfúgio que e a substancia, nesse ponto a família tem que ter a paciência e a sabedoria para buscar ajuda de um profissional qualificado para poder saber como lidar e como contornar essa situação, e caso o paciente não consiga se controlar e recair, os estágios voltam do zero, recomeçando da pré-contemplação, contemplação e novamente no plano de ação.
Finalmente, a Manutenção é o estágio que constitui o grande desafio no processo de mudança. A estabilização do comportamento em foco é a marca deste estágio. É necessário um esforço constante do indivíduo para consolidar os ganhos conquistados nos outros estágios, principalmente no estágio de ação, além de um esforço contínuo para prevenir possíveis lapsos e recaídas.
Adverte-se, entretanto, que nem sempre um indivíduo que busca tratamento encontra-se no estágio de Ação. Uma pessoa que se interna em uma unidade para o tratamento da dependência química, mas não se engaja no programa da instituição, não reconhece os problemas oriundos do abuso das substâncias, ou mostra-se ambivalente quanto a manter ou interromper o uso, pode estar mostrando evidências de que se encontra em algum outro estágio que não o de Ação.
Por outro lado, o estágio de Manutenção pode e deve ser estimulado por toda a vida, mantendo os ganhos e evitando as recaídas. Trata-se de uma fase difícil, mas crucial no tratamento de qualquer dependência química
A equipe JOVENS LIVRES, ajuda o seu ente nesse âmbito, para que ele possa evitar e se manter na manutenção o ensinando e o estimulando mostrando a ele que e possível sim, não ter subterfúgios sem a droga e sem qualquer tipo de entorpecente que o tire de seu estado de consciência. O resultado final desta escala mostra a quantidade de pontos feitos em cada um dos estágios de mudança, como também se há um predomínio significativo em algum deles. O cálculo da prontidão para a mudança baseia-se no somatório dos escores médios de contemplação, ação e manutenção, subtraídas do escore médio de pré-contemplação.
Verificou-se também uma baixa escolaridade, de modo que 56% (n=112) da amostra investigada eram analfabetos ou possuía até o ensino fundamental. Em 57% (n=114) dos participantes, o começo do uso de drogas aconteceu na adolescência e 46% (n=91) já se encontravam entre o segundo e quinto internamento. Em relação ao estado civil, 63% (n=125) eram solteiros e 72% (n=143) afirmaram trabalhar. No que dizem respeito à religião, 61% (n=121) dos sujeitos eram católicos.

Após fazermos uma leve pesquisa comparativa entre os dois tipos de internos usuários (crack e álcool), Dependentes Químicos em Tratamento: Um Estudo sobre a Motivação para Mudança 265 to aos níveis de motivação (pré-contemplação, contemplação, ação e manutenção). Como mostram os dados, os usuários de crack estavam, em geral, mais motivados que os usuários de álcool, para o enfrentamento do problema pelo qual estavam acometidos, com exceção do nível de contemplação.

Dentro do quando de Comunidades terapêuticas, os indivíduos com dependência química mais grave apresentavam maior prontidão para a mudança. Desta forma, pode-se inferir que os usuários de crack desta pesquisa apresentaram maiores pontuações na escala de motivação pelo fato de terem vivenciado prejuízos mais intensos nos diversos âmbitos de suas vidas. Provavelmente, esses prejuízos ocorreram tanto nos aspectos psicobiológicos, em virtude dos efeitos do crack no organismo, quanto nos aspectos interpessoais e sociais, posto que essa droga é atrelada à ilegalidade. Nas comunidades terapêuticas fornecidas pela JOVENS LIVRES, os dependentes químicos tanto trabalham como realizam atividades domésticas, diferentemente do que ocorre nos hospitais, onde passam a maior parte do tempo sem ocupações, por falta de projetos terapêuticos. Observa-se, então, que o “fazer” proposto pelo tratamento alternativo das fazendas torna-se um meio de se construir uma mudança nos indivíduos.
Por outro lado, as comunidades terapêuticas apresentam uma concepção mais holística, numa perspectiva de contemplar o ser humano em sua totalidade. A partir dos resultados do presente estudo, pode-se inferir que esta forma mais humanizada de conceber o tratamento da dependência química favorece um nível mais elevado de motivação para a mudança.
Constatou-se ainda que os indivíduos que estão em tratamento em fazendas de recuperação se encontram mais motivados do que os que se recuperam em hospitais psiquiátricos. Evidencia-se a importância da utilização de técnicas terapêuticas que auxiliem esses pacientes na diminuição da ambivalência, isto é, do conflito entre mudar e permanecer no comportamento atual. As técnicas terapêuticas poderão ajudar os pacientes a progredir em direção aos estágios de ação e de manutenção, uma vez que eles estão em evolução e já discriminam uma possibilidade de mudança.
art. Dr. Caroline Do Couto Braga Coren- GO 637474 enfermeira Padrão é a autora desse artigo do Grupo Jovens Livres.
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